Truc, Machin e outras palavras francesas inevitáveis que você precisa saber

Truc, bidule, machin e chose: estas são (quase) todas as palavras que você precisa saber para dominar com maestria um bate papo em francês.

Quem disse que francês é difícil? Bom, pode ser difícil de aprender mas, como tudo na vida, quando você pega o jeito é outra história. Na verdade, falar francês é quase como saber usar a palavra certa, no momento certo… e falando nisso…

Domingo à tarde em Paris. Seu cérebro ainda está frito da festa de ontem, e você está com alguns problemas para ativar sua memória quando mais precisa: no topo de uma escada, na hora de trocar a lâmpada, você não consegue lembrar onde a deixou. Pior ainda: você tenta explicar o problema, e não consegue nem se lembrar da bendita palavra francesa para lâmpada!

  • Il est où le truc?
  • Qué truc?
  • Ben, le truc là, tu sais, pour fixer le machin!

Acredite ou não, isso é na verdade um diálogo típico entre falantes de francês. O poeta e crítico Boileau, afirmou uma vez que “o que é bem concebido é dito claramente”, mas ele era um tanto purista em relação ao idioma francês. Para o resto de nós e até para os franceses, as palavras “passe-partout” (algo como, “palavras para tudo”) como truc e machin podem significar tudo e nada ao mesmo tempo – e elas aparecem o tempo todo em conversas em francês. Portanto, elas são simplesmente inevitáveis se você quer ganhar um pouco de fluência na língua de Molière. Aqui estão algumas regras para usá-las agora mesmo:

Truc

Truc é absolutamente essencial, como os nossos amados correspondentes brasileiros treco, troço ou trem. Pode significar a lâmpada, o programa de TV a que você assistiu ontem, a festa de sábado ou aquele utensílio de cozinha super elaborado que ninguém sabe o nome. Uma vez que a palavra em si não significa nada em particular, ela é dita acompanhada geralmente de algum gesto ou aceno com a cabeça. É usada bem informalmente e revela a familiaridade com o francês informal, portanto, é sempre impressionante quando um estrangeiro fala esta palavra em uma conversa. Se você está tendo dificuldades de pronunciar corretamente, relaxe. Dizer truc com um sotaque estrangeiro é até mais charmoso!

Bidule

Bidule é menos vago que truc. Geralmente é usado para objetos cujos nomes reais ninguém realmente usa, porque raramente as pessoas falam sobre eles – por exemplo, a chave soquete para consertar bicicleta. Bidule também pode ser usado para substituir o nome de algum animal, se você não está se sentindo particularmente criativo. Você pode até conjugar: Je bidule, tu bidules, il bidule.

Use com moderação ou você pode correr o risco de dizer algo ridículo, que se parece com a língua da coisa: coisar, coisando coisadamente. Em francês
« Où as-tu mis le bidule ? Je l’ai bidulé pour le prochain bidule ».

Machin

Machin é usado mais frequentemente que bidule, mas menos do que truc. É geralmente usado para substituir o nome de alguém, o que é bem prático para aqueles amigos de amigos cujos nomes você simplesmente não lembra, assim como fazemos com o fulano ou a coisinha no Brasil. Por exemplo:

« Je l’ai vue dans le métro avec machin l’autre jour.»

Chose

Chose não significaria nada por si só, mas combinada com as palavras certas pode significar tudo. Não tem certeza de como usar? Apenas lembre-se que chose é também o sinônimo em francês para coisa, e como uma coisa está sempre atrelada à algo, não deve ser usada sozinha fazendo todos se perguntarem “Qu’est ce que c’est que cette chose ?”.

O segredo para acertar o incerto reside no fato de saber como combinar todas essas palavras:

“truc-bidule,” a “machin-chose,” a “truc-bidule-machin-chouette”… Se você alcançar este nível, considere-se um mestre na conversa fiada em francês!

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Marion Maurin

Com uma mãe alemã que se mudou para a França aos 21 anos, se naturalizou francesa e alguns anos mais tarde educou seus filhos apenas em francês, Marion teve suas raízes alemãs bem escondidas. Aos 21 anos ela fez o mesmo caminho, mas na direção contrária. Marion veio à Alemanha para estudar Filosofia. Atualmente ela trabalha como tradutora independente.

Com uma mãe alemã que se mudou para a França aos 21 anos, se naturalizou francesa e alguns anos mais tarde educou seus filhos apenas em francês, Marion teve suas raízes alemãs bem escondidas. Aos 21 anos ela fez o mesmo caminho, mas na direção contrária. Marion veio à Alemanha para estudar Filosofia. Atualmente ela trabalha como tradutora independente.